quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Diário de um coração enlutado 2

Ontem eu voltei a respirar, e espero que consiga fazer isso sempre daqui pra frente.
Ontem consegui pensar no meu paizinho e sorri.
Ontem eu não chorei.
Ontem consegui conversar com as pessoas normalmente e consegui ser a Mariana que meu paizinho tanto gostava de ver.
Conversei com uma menina, tem um ano que ela perdeu a mãe, ela estava com 57 anos, um ano a mais que meu paizinho tinha, essa menina me falou que ainda chora quando pensa na mãe dela e mal consegue conversar sobre ela. Sabe o que pensei quando ela me falava isso?Que ninguém que nos amou ou quem nós amamos iria querer que vivecemos assim; pensei que não quero chorar sempre que pensar nele, pelo contrário, quero me alegrar sempre, pois meu pai não sofreu na despedida, e minha fé me diz que o verei novamente e que no momento ele me espera com o nosso Pai Celestial, quero me alegrar sim, pois ele sempre gostou de me vê sorrindo, porque me ensinou a sonhar e a acreditar que sou capaz de tudo, quero sempre lembra com saudade e alegria dos bons momentos que passamos juntos e mesmo que a saudade aperte o peito e uma lágrima role por meus olhos, sera acompanhada de um sorriso por que ele me ensinou e me amou.
Aprender a lidar com a dor da ausencia que a morte trás é a coisa mais dificil que já vivi até hoje. Mas quer saber? Ontem eu voltei a respirar

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LUA ADVERSA Tenho fases, como a lua Fases de andar escondida, fases de vir para a rua... Perdição da minha vida! Perdição da vida minha! Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha. Fases que vão e que vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso. E roda a melancolia seu interminável fuso! Não me encontro com ninguém (tenho fases, como a lua...) No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua... E, quando chega esse dia, o outro desapareceu... Cecília Meireles